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Por Henrique Coelho, cef cef loterias Rio

06/12/2023 18h16 Atualizado 06/12/2023

V�deo mostra jovem sendo espancado por 'justiceiros' em Copacabana

O jovem que foi espancado por um grupo de homens na ter�a-feira (5) na Zona Sul do Rio, disse � pol�cia que mais de dez homens bateram nele e que n�o sabe o motivo de ter sido agredido.

"Tinha mais de dez me batendo. Nem sei de onde que apareceu tanta gente, Me bateram muito�, disse em depoimento nesta quarta (6).

Ele foi agredido na Rua Djalma Ulrich, em Copacabana. O

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mostra v�rios homens batendo no jovem ca�do, e os agressores usam alguns usam objetos para acert�-lo. As imagens circulam nas redes sociais.

O jovem afirmou que n�o sabe o motivo da agress�o. Ele disse que tinha sa�do do pres�dio Galp�o da Quinta na ter�a ap�s ter sido detido por roubo.

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Os investigadores da 13� DP em Ipanema acreditam que ele foi abordado em dois momentos: primeiro, pr�ximo de uma lanchonete na avenida Nossa senhora de Copacabana. Depois, a 400 metros dali, na rua Djalma Ulrich, onde aconteceu o espancamento gravado e divulgado nas redes sociais.

Ele alega que n�o cometeu nenhum crime em Copacabana na noite de ter�a-feira, e que mora em Cabo Frio, na Regi�o dos Lagos. Ele foi conduzido ao IML por um policial da delegacia.

V�deo circula nas redes sociais

V�deos que circulam pelas redes sociais mostram o jovem sendo espancado por grupos de homens na Zona Sul do Rio.

Em um deles, uma pessoa fala que � "para n�o roubar mais".

O garoto cai no ch�o, e continua sendo chutado nas costas e cabe�a � um cabo de vassoura � quebrado nele.

Depois de um tempo, perguntam por uma faca e o menino responde "eu n�o tenho faca, n�o", e um homem revida "eu tinha que dar um tiro dentro da tua cara agora".

Em outro

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, homens usam capacetes para bater na cabe�a de um jovem � n�o � poss�vel afirmar se � o mesmo do outro � dentro de um �nibus da 472, que faz o trajeto Triagem x Leme.

O homem que parece filmar, de fora do �nibus, diz: "Os manos v�o amassar, aqui � Leme".

Um terceiro

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mostra um outro adolescente sendo puxado por dois motoqueiros, que d�o socos nacef cef loteriascabe�a enquanto ele corre.

N�o se sabe a identifica��o e o estado de sa�de de nenhum dos agredidos nem se eles haviam cometido algum crime.

'Justiceiros s�o criminosos', diz secret�rio

'Justiceiros' criam grupos para �ca�ar� ladr�es em Copacabana

As agress�es, ent�o, teriam acontecido em repres�lia ao aumento de assaltos na regi�o de Copacabana. Grupo estariam se organizado para reprimir quem fosse suspeito de roubar no local.

Fazer "justi�a com as pr�prias m�os" � crime previsto no artigo 345 do C�digo Penal Brasileiro.

Em nota, a Pol�cia Civil informou que tomou conhecimento da situa��o e disse que dilig�ncias est�o em andamento para identificar os envolvidos e esclarecer os fatos. Os delegados da 12�DP (Copacabana) e 13�DP (Ipanema) est�o atuando nas investiga��es e analisam

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s de redes sociais para identificar os suspeitos.

A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Pol�cia Militar alerta que "convoca��es para agress�es ou perturba��o de ordem p�blica n�o s�o maneiras adequadas de resolver a��es criminosas que v�m ocorrendo em Copacabana".

"� importante que a sociedade apoie, confie e colabore com as a��es realizadas pelos �rg�os de seguran�a p�blica, bem como de outros atores envolvidos. � importante salientar que esse � um problema que ultrapassa a atua��o somente da Corpora��o, sendo um obst�culo de �mbito social. E cabe destacar que � de suma import�ncia a atua��o ativa de outros atores sociais e de �rg�os p�blicos � municipal, estadual e federal. Al�m disso, destacamos que a legisla��o vigente precisa ser revista no que tange a seguran�a p�blica", diz a nota.

Informamos ainda que a SEPM continua atuando com policiamento refor�ado, diuturnamente em Copacabana, trabalhando de forma integrada com as demais for�as de seguran�a.

O secret�rio de Seguran�a P�blica disse que os "justiceiros" s�o t�o criminosos quanto os assaltantes. Em entrevista ao Est�dio i, da GloboNews, nesta quarta-feira (6), ele comparou os grupos a mil�cias e grupos de exterm�nio:

" Justiceiro � o ber�o da mil�cia. � exatamente isso, um grupo que se acha acima do bem e do mal, que se acha no direito de fazer justi�a com as pr�prias m�os. E antes da mil�cia, n�s t�nhamos os grupos de exterm�nio. Praticam crimes com o objetivo de evitar crimes. Na verdade, s�o todos eles criminosos. O justiceiro � criminoso", afirmou Victor Santos.

Uni�o para 'ca�ar' ladr�es

Jovem � agredido na Zona Sul do Rio �

: Reprodu��o

A rotina de viol�ncia em Copacabana nas �ltimas semanas motivou o reaparecimento de grupos "justiceiros" no bairro � como j� visto em 2023.

Por grupos de WhatsApp, eles se dividem em grupos para �ca�ar� � como eles definem � quem rouba na regi�o.

�Eu vou partir assim [com soco-ingl�s], quebrar osso da cara. Deixar eles [SIC] pior do que eles deixaram o coroa�, disse um integrante do grupo Uni�o dos Crias.

O homem fala sobre como iria vingar o ataque sofrido pelo empres�rio Marcelo Rubim Benchimol, que levou chutes e socos at� desmaiar, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, ao tentar defender a personal trainer Nat�lia Silva.

O cef cef loterias teve acesso a conversas que mostram os integrantes exibindo as armas que v�o utilizar no ataque contra o �coreto� - termo que usam para identificar "bondes" de menores infratores.

Entre os objetos que s�o ostentados, est�o soco-ingl�s, peda�os de pau e citam at� uma 'retaguarda de pe�a� � ou seja, pessoas armadas para dar cobertura.

Alta nos �ndices de viol�ncia

Segundo os dados do Instituto de Seguran�a P�blica do Rio de Janeiro (ISP-RJ), com informa��es sobre os registros na 12� Delegacia de Pol�cia Civil, entre janeiro e outubro de 2023 e 2023, Copacabana teve um aumento significativo nos indicadores sobre roubo e furto (veja nos dados abaixo).

Entre os indicadores de viol�ncia analisados, os de maior destaque negativo s�o:

Furto a transeunte, que aumentou 56,3% em um ano; roubo de celular, com 47% de aumento; furto de celular, com alta de 34,9%; furto em coletivo, com 23% de aumento.

Indicadores de viol�ncia aumentam em Copacabana �

: Kayan Albertin / Arte cef cef loterias

Ao todo, Copacabana viu o total de furtos subir 23%, em um ano. Se em 2023 foram registrados 3.978 furtos no bairro, o ano atual contou com 4.914 ocorr�ncias.

Em rela��o ao total de roubos, o n�mero passou de 760 para 951 casos, registrando um aumento de 25%.

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02 - 24 - 25 - 04 - 13 - 08 - 01 - 18 - 15